sexta-feira, 2 de março de 2018

PERUÍBE COMO PÓLO COMERCIAL VALE-RIBEIRENSE PARA ENFRAQUECER O ÊXODO, SIMPLES ASSIM - MARÇO DE 2018





A IMPORTÂNCIA DA INSTALAÇÃO DE NOVAS REDES VAREJISTAS EM PERUÍBE *

*artigo originalmente escrito em dezembro de 2011


"Tem quem critique a instalação de mais filiais de grandes redes do comércio varejista em Peruíbe, pois elas se limitariam a empregar alguns moradores daqui, enviando os lucros para as matrizes. Claro que quem pensa assim se esquece de citar que essas novas lojas precisam pagar impostos para a prefeitura (ou seja, aumentam a arrecadação) e beneficiam os peruibenses com melhores preços e mais bens de consumo. E existe algo mais que precisa ser explicado.

Nenhuma grande loja varejista é uma instituição de caridade e portanto não teria incentivos para investir nesta cidade perdida entre Itanhaém e Iguape, se não fosse o fato de que Peruíbe está se tornando um centro comercial muito visitado por vários vizinhos do Vale do Ribeira. Falo de consumidores itaririenses, pedrotoledenses e até miracatuenses em busca de produtos e serviços que não existem em seus próprios municípios. Trata-se de uma oportunidade descoberta por investidores de fora, e bem pouco explorada pelos empreendedores "nativos", muitos dos quais só tem a BAIXADA SANTISTA dentro das cabeças e ignoram o que existe além de Ana Dias. Alguns nem sabem o que é Ana Dias e para que lado ela fica.

Mas as grandes lojas sabem onde ficam nossos vizinhos menos conhecidos, sabem e os valorizam. Já vi publicidade de uma dessas empresas no centro de Itariri, visando atrair fregueses para a filial dela aqui em Peruíbe. No supermercado (......), existe um cartaz que indica os dias em que os caminhões deles entregam compras em Pedro de Toledo e em determinados bairros. Claro que a temporada de verão é importante para elas, mas sabem como lucrar além disso, com fregueses que também são forasteiros mas não são turistas ou veranistas.

E ao trabalhador de Peruíbe não deve interessar se a empresa em que ele trabalha pertence a paulistanos, santistas, cariocas ou empresários de Jacupiranga. O que importa é o valor do salário e as condições de trabalho. Que as filiais enviem dinheiro para fora é óbvio e um direito delas, pois investem e empregam gente daqui. E quanto mais peruibenses empregarem melhor, mesmo para os que não conseguirem trabalho nelas.

O fato é que está ocorrendo uma disputa pela mão-de-obra local, a qual obviamente gera empregos, e a criação deles irá tornar a mão-de-obra menos barata, o que beneficiará o trabalhador de Peruíbe mais adiante. Por mais pessimista que eu seja, esses investimentos gerarão uma melhora social, mesmo não surgindo todas as vagas de trabalho necessárias, que precisam ser milhares e não centenas, mas aí a questão é mais complexa, não podendo ser resolvida apenas com investimentos no comércio e serviços."



ADENDO - o tempo passou, e desde a publicação desse artigo para cá, Peruíbe recebeu grandes investimentos na área de comércio e serviços. Até um supermercado ATACADISTA foi estabelecido aqui, e tem um grande movimento. Só uma coisa não mudou: a dificuldade de muitos peruibenses em entenderem que essa expansão não depende apenas dos veranistas e consumidores locais para se sustentar.

Nesta semana foi inaugurada uma nova Fast-food (M CHIKEN). Nem todos os seus futuros frequentadores serão de Peruíbe ou turistas. Vários deles virão DE ITARIRI, PEDRO DE TOLEDO e até de MIRACATU. Tanto os novos empreendimentos como esse e outros mais antigos também contam com uma clientela vale-ribeirense para terem mais lucros.

Para quem fica muito focado nessa baixada santista que não me empolga (ainda mais após aquela mudança na LEI ORGÂNICA), não deve saber que nas noites de sábado, vários itaririenses e pedro-toledenses se divertem nesta cidade, gastando no comércio noturno, e isso ocorre durante todo o ano. Durante o dia compram nos supermercados daqui, marcam consultas nas clínicas particulares, frequentam salões de cabeleireiros e comem nos restaurantes locais. São consumidores habituais e importantes para a economia peruibense, mas o engraçado é que só eu pareço falar disso. Pois é.

Promover uma estratégia para atrair ainda mais visitantes do Vale do Ribeira, transformando Peruíbe num pólo comercial vale-ribeirense, seria um caminho óbvio para gerar mais vagas de trabalho e enfraquecer o êxodo dos desempregados, mas muitos moradores ainda acreditam que o turismo é o que basta, ignorando a janela de oportunidades que a localização desta cidade oferece. Mas, como quem tantas vezes já falou sobre isso é este blogueiro/vlogueiro aqui, claro que isso não pode fazer sentido. Muitos lerão e farão questão de ignorar, simples assim, mas espero que os que pensam assim, aproveitem e assistam ao vídeo abaixo. Depois disso, finjam me esquecer.




Catamarã Peruíbe / Iguape? A ideia é minha, mas não empolga (talvez por ser minha!)


MARCADORES: REDES DE COMÉRCIO VAREJISTA EM PERUÍBE, LOJAS, CONSUMIDORES, EMPREGOS, MIGRAÇÃO, PERUIBENSES DESEMPREGADOS, BAIXADA SANTISTA, VALE DO RIBEIRA, VALE-RIBEIRENSES, 2018

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