quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O DRAMA DOS "BRASIGUAIOS"



Romeu Prisco


São Paulo (SP) - A Presidente Dilma Roussef e seu Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, apressaram-se em apoiar a punição dos grevistas mais atrevidos da Polícia Militar da Bahia, cujo governo está sob comando petista, algo que não fariam se se tratasse de idêntica greve no Estado de São Paulo, sob comando de governo do PSDB. Todavia, estão devendo urgente satisfação ao povo brasileiro, por seu silêncio injustificável, diante da situação dos "brasiguaios", como são conhecidos os brasileiros e respectivos descendentes, que emigraram para o Paraguay, há cerca de 40 anos, e lá se estabeleceram como bem sucedidos agricultores.


No momento, esses "brasiguaios" estão enfrentando sérias dificuldades, com suas propriedades invadidas pelo MST local, provavelmente com "know-how" do MST brasileiro. Os invasores alegam que os "brasiguaios" não possuem títulos de domínio das terras, enquanto aqueles apresentados por quem os possui, configurar-se-iam ilegítimos. Ambas as alegações são manifestamente serôdias. Mesmo admitindo-se como verdadeiras, ainda prevaleceria, em favor dos "brasiguaios", o instituto do usucapião (posse ininterrupta da terra, durante certo tempo, sem oposição), certamente também previsto na legislação paraguaia.


Por isso, o debate da legitimidade jurídica da situação dos "brasiguaios" é irrelevante. Atendendo à oferta do então Governo paraguaio, agricultores brasileiros, a maioria composta por sulistas descendentes de alemães, italianos e poloneses, na década de 70, emigraram para o país vizinho, adquiriram as terras, pouco importando se por preços irrisórios, nelas trabalharam e produziram, tornando-as férteis e assim valorizando a economia local, inclusive com a criação de empregos. O atual Governo do Paraguay, do Presidente Lugo, sabedor disso, até que deu alguma proteção aos "brasiguaios", desalojando os invasores de suas terras, permitindo, entretanto, que permaneçam perigosa e agressivamente nas cercanias.


Acontece que, além dos invasores, agora surgiu uma poderosa empresa local, dizendo-se proprietária das terras e obtendo uma liminar judicial reconhecendo-lhe o suposto direito, com a qual está na iminência de "tomar" as propriedades dos "brasiguaios", que já se encontram acuados. Eis as perguntas que não querem calar: "cadê" o Governo Federal brasileiro, através do seu mais elevado e do seu primeiro escalão, que não vem a público para declarar total solidariedade aos "brasiguaios" ? Por que ainda não acionou para valer os meios diplomáticos ?


Preocupado em não interferir em "assuntos internos" de outros países ? Acontece que esse não é "qualquer assunto interno", pois diz respeito a portadores de cidadania brasileira (estima-se em 350.000 o número de "brasiguaios") vítimas, no exterior, de ações ilícitas de natureza civil e criminal. Preocupado em não ser "incoerente", na medida em que se mostra extremamente tolerante com o MST brasileiro, por que, então, haveria de desagradar o MST paraguaio ?


Aliás, importante, para o Governo Federal, é ser agradável aos movimentos clandestinos dos nossos vizinhos, desde que tenham conotação esquerdista, como acontece com as "FARC". Há pouco mais de 24 horas, este movimento colombiano, notoriamente terrorista, manifestou seu "agradecimento" ao Governo brasileiro, por intermediar a libertação e entrega dos reféns nativos, sem correr o risco de ser surpreendido pelas forças militares daquele país. Como se nota, a preocupação é com a integridade dos membros das "FARC" e não com os reféns por elas libertados !

 Fonte:  DIRETO DA REDAÇÃO



domingo, 26 de fevereiro de 2012

SÍRIA: POR QUE ASSAD NÃO CAI / FEVEREIRO DE 2012



Immanuel Wallerstein - Tradução: Antonio Martins

Guerra civil recrudesce, e ONU condena tirania, mas Immanuel Wallerstein analisa: pressão internacional por sua derrubada não passa de retórica


O presidente sírio, Bachar al-Assad suporta o peso de ser um dos homens menos populares no mundo. É apontado como tirano – um tirano muito sangrento – por quase todos. Mesmos os governos que se recusam a denunciá-lo parecem aconselhá-lo a conter a repressão e fazer algum tipo de concessão política a seus oponentes internos.


Mas como ele pode ignorar todos estes conselhos e continuar a aplicar força máxima para manter o controle político de seu país? Por que não há nenhuma intervenção externa, para provocar sua derrubada? Para responder a estas questões, vamos começar reconhecendo suas forças. Primeiro, ele tem um exército razoavelmente poderoso; e até agora, com poucas exceções, o exército e outras estruturas de força na Síria permanecem leais ao regime. Além disso, ele ainda parece ter o apoio de ao menos metade da população, naquilo que está sendo descrito, cada vez mais, como uma guerra civil.


Os postos-chaves do governo e nos quadros do exército estão em mãos dos alawitas, uma ala do Islã xiita. São uma minoria entre a população e certamente temem o que pode lhes suceder se as forças de oposição, largamente sunitas, tomarem o poder. Além disso, as outras forças de minoria significativas – cristãos, drusos e curdos – também parecem temer um governo sunita. Por fim, a ampla burguesia mercantil ainda não se voltou contra o regime do Partido Baath.


Mas isso é suficiente? Se fosse tudo, duvido que Assad pudesse manter-se por muito tempo. O regime está sendo pressionado economicamente. O Exército Sírio Livre, na oposição, está sendo abastecido de armamentos pelos sunitas iraquianos e provavelmente pelo Qatar. O coro de denúncias na imprensa mundial, e em grupos políticos de múltiplas tendências, cresce a cada dia.


Ainda assim, não creio que encontremos, em um ano ou dois, Assad fora do poder, ou o regime substancialmente mudado. A razão é que aqueles que mais o denunciam não desejam de fato que ele vá. Vamos analisá-los um por um.


Arábia Saudita: o ministro do Exterior disse ao New York Times que “a violência tem de ser interrompida e o governo sírio não merece mais nenhuma chance”. Parece de fato duro, até que se leia o adendo: “a intervenção internacional deve ser descartada”. O fato é que a Arábia Saudita quer o crédito por se opor a Assad mas teme muito o que poderá sucedê-lo. Sabe que numa Síria pós-Assad (provavelmente, muito caótica), a Al Qaeda encontraria uma base; e que o objetivo número um da Al Qaeda é derrubar o regime saudita. Logo, “sem intervenção internacional”.


Israel: sim, os israelenses continuam obcecados com o Irã. E sim, a Síria baathista continua sendo um poder favorável ao Irã. Mas no frigir dos ovos, a Síria tem sido um vizinho árabe relativamente tranquilo, uma ilha de estabilidade para os israelenses. Sim, os sírios ajudam o Hezbollah, mas o Hezbollah também tem se mantido quieto. Por que os israelenses desejariam correr o risco de uma Síria pós-baathista turbulenta? Quem assumiria o poder? Seja quem for, não teria que reforçar suas credenciais ampliando a jihad contra Israel? E a queda de Assad não abalaria a estabilidade relativa que o Líbano parece agora desfrutar? Isso não terminaria reforçando e renovando o radicalismo do Hezbollah? Israel teria muito a perder, e não muito a ganhar, se Assad caísse.


Estados Unidos: a Casa Branca fala grosso. Mas você percebeu como ela é cautelosa, na prática? O Washington Post deu, a um artigo de 11/2, o título: “Massacre consuma-se, mas EUA não veem ‘nenhuma opção’ na Síria”. O texto frisa que Washington “não tem apetite para uma intervenção militar”. Nenhum apetite, apesar da pressão de intelectuais neocons como Charles Krauthammer – suficientemente honesto para admitir que “não se trata apenas de liberdade”. Trata-se, ele diz, de desconstruir o regime iraniano.


Mas não é exatamente por isso que Obama e seus conselheiros não veem alternativas?Eles foram pressionados para aderir à operação na Líbia. Os EUA não perderam muitas vidas, mas será que obtiveram alguma vantagem geopolítica? O novo regime líbio – se é que há um novo regime líbio – será melhor que o anterior? Ou é o começo de uma longa instabilidade interna, como a que abalou o Iraque?


Posso imaginar o suspiro de alívio em Washington, quando a Rússia vetou a resolução da ONU sobre a Síria. A pressão para iniciar uma intervenção de estilo líbio foi suspensa. Obama foi protegido, pelo veto russo, da pressão republicana em torno do tema. E Susan Rice, a embaixadora dos EUA junto à ONU, pôde jogar toda a culpa em Moscou. Eles foram “repugnantes”, disse ela, oh, tão diplomática.


França: Sempre nostálgico do papel outrora dominante de seu país na Síria, o ministro do Exterior, Alain Juppé, grita e denuncia. Mas tropas? Você só pode estar brincando. Há uma eleição à vista, e enviar soldados não renderia voto algum – especialmente porque, ao contrário da Líbia, não seria um passeio.


Turquia: o país ampliou de forma inacreditável suas relações com o mundo árabe, na última década. Ele está de fato descontente com uma guerra civil em suas fronteiras. Adoraria algum tipo de acordo político. Mas o ministro do Exterior, Ahmet Davutoglu teria garantido que “a Turquia não provê armas nem apoia desertores do exército”. Os turcos desejam, basicamente, ter boas relações com todas as partes. Além disso, a Turquia tem sua própria questão curda e a Síria poderia oferecer apoio ativo a esta minoria – o que, até agora, ela se absteve de fazer.


Portanto, quem quer intervir na Síria? Talvez, o Qatar. Mas o país, embora rico, está longe de ser uma potência militar. O ponto de partida é que, ainda que a retórica seja dura; e a guerra civil, feia, ninguém quer de fato que Assad vá. Por isso, tudo indica que ele ficará.


Fonte: OUTRAS PALAVRAS

 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

CANÇÃO "DANÇANDO LAMBADA" É LANÇADA NA CORÉIA DO NORTE !!!




Com uns 22 anos de atraso, a canção "Dançando Lambada" tem agora uma versão norte-coreana, da Pochombo Electronic Ensemble. Eu acho que a moça tenta cantar algo parecido com o nosso idioma. É, parece que o luto nacional para com o falecido Kim Jong-il terminou. Daqui a uns trinta anos, o Michel Teló vai ser imitado por lá.

A CHINA VAI PERDER O FÔLEGO / FEVEREIRO DE 2012




Quanto mais atrasado um país, mais milagrosa é a sua taxa de crescimento; uma hora, porém, a China terá de parar de imitar e começar a criar, desacelerando.



A China é o exemplo de sucesso do século 21. O país se tornou o maior produtor industrial do mundo no ano passado e, em breve, passará a ter também o maior PIB entre todas as nações, em ambos os casos ultrapassando os EUA.



Apesar desses resultados espetaculares, o sucesso é perfeitamente explicável e não pode ser considerado um milagre. Ao mesmo tempo, é impossível para qualquer país continuar nesse ritmo por muito mais tempo. É difícil precisar quando exatamente o ritmo vai cair, mas isso é inevitável.


Um país atrasado tecnologicamente pode conseguir elevadas taxas de crescimento do PIB durante um determinado período. Isso pode ocorrer se existir uma diferença significativa entre a fronteira tecnológica mundial e a desse país. Um exemplo ilustra essa possibilidade.


Ao longo dos anos, a indústria de computadores nos países desenvolvidos desenvolveu novos processadores, passando por 286, 386, 486 e Pentiums, até o Quad Core.

Um país atrasado, sem acesso a computadores, pode adotar a última tecnologia disponível, sem a necessidade de passar por todas as etapas anteriores. Ele não vai pagar o custo da inovação, mas sim o da imitação, geralmente menor.


O salto de produtividade é gigantesco em um curto espaço de tempo, assim como o consequente crescimento econômico. Esse salto é maior do que aquele verificado pelos países que foram obrigados a passar por todas as etapas do processo de evolução da tecnologia.


Processo dessa natureza ocorreu com a China quando ela decidiu se integrar à comunidade econômica internacional. Em 2000, ano em que entrou para a Organização Mundial de Comércio (OMC), o seu PIB per capita era de um país de renda baixa, o equivalente a 10% do PIB per capita que os EUA tinham em 1985.


Demorou somente sete anos para ela passar a ser uma economia de renda média, com o PIB per capita correspondendo a 20% do PIB per capita dos EUA em 1985.


O Japão e o Brasil, por exemplo, demoraram, respectivamente, 37 e 17 anos para dar o mesmo salto, como mostraram os economistas Stephen Parente e Edward Prescott, que desenvolveram essa ideia de adoção de tecnologia.


Quanto mais tardiamente um país entra no jogo, mais espetacular será o "milagre".

Assim, é totalmente injusta a comparação do desempenho econômico recente do Brasil com o chinês -ou até mesmo com o indiano, frequentemente utilizado por analistas.

A colocação desses países no mesmo saco ("Brics") é enganosa. É de se esperar um crescimento mais vigoroso da China, dado o seu estágio de desenvolvimento. Apesar do seu sucesso recente, ela tem ainda um PIB per capita de 70% do brasileiro.


À medida que a diferença entre os desenvolvimentos tecnológicos da China e da fronteira do mundo se reduz, o mesmo ocorrerá com as suas taxas de crescimento. É verdade que os chineses investem substancialmente em educação e que os pais cobram dedicação dos seus filhos aos estudos. Mas eles vão ter de parar de imitar e vão ter de criar, o que é mais difícil.


Não é surpreendente, portanto, que analistas comecem a tentar prever o inevitável: quando o ritmo econômico do gigante perderá a força.


Esses exercícios de futurologia são sempre difíceis, mas o certo é que o Brasil, cedo ou tarde, não mais contará com os expressivos ganhos dos termos de troca e com o seu consequente aumento de riqueza, ambos obtidos desde que a China entrou na OMC. O preço em dólares das nossas exportações subiu quase 150% entre 2002 e 2011.

Aumentos importantes de riqueza terão de ser conquistados. Isso exigirá mais qualidade na educação e na infraestrutura, além de reformas estruturais. Cuidado: a China vai perder o fôlego, e a vida vai ficar um pouco mais difícil.





EDUARDO DE CARVALHO ANDRADE, 44, doutor em economia pela Universidade de Chicago, é professor do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A TEMPORADA DE VERÃO DE 2012 ACABOU .... E EU DEVO ME PREOCUPAR COM ISSO?


Faço esta postagem na quarta-feira de cinzas. Por causa do horário de verão o crepúsculo ainda não chegou para apagar este dia, que é na prática o último da temporada de verão em Peruíbe neste ano. O movimento turístico não foi lá essas coisas, e isso irá repercutir na economia municipal nos meses seguintes. Me parece que 2012 tende a ser um ano pouco auspicioso. Eu devo me preocupar com isso?


Pensando bem, devo não:



Esse aí sou eu me deslocando até o meu local de trabalho. Sabem como é, fica lá no Vale do Ribeira ..... uma terra meio rústica, onde ganho pouco, mas ganho, independente da temporada e dos gastos de turistas e veranistas. Sei que neste entardecer, muita gente já está preocupada em como irá pagar as contas mais adiante. O que essa turma fará? 

Vejam como estará a principal avenida do município na próxima segunda, quando o último folião já tiver partido:




Na próxima segunda terá início um período muito difícil para uma parte numerosa dos nossos munícipes, sendo natural que entre eles surja quem questione se vale a pena insistir em permaner nesta terra, que em oportunidades está mais parecido com a caatinga brasileira do que com o "chaparral" do VELHO OESTE.

Estava esquecendo: QUE BOM QUE ACABOU O CARNAVAL.
 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

#OuvindoNaLognPlay PERUÍBE NAS TREVAS via @lognplay

#OuvindoNaLognPlay PERUÍBE NAS TREVAS via @lognplay


Conheçam a rádio PERUÍBE NAS TREVAS

COM A TEMPORADA DE VERÃO 2012 FRACA, PERUÍBE TERÁ A SUA PRÓPRIA "RETIRADA DE DUNQUERQUE".



Vou ser franco, caro combatente/trabalhador de Peruíbe. A temporada de verão 2012 não foi lá essas coisas. Este carnaval também está um tanto fraco para quem espera lucrar com os foliões. E agora que tudo vai acabar, o que você espera fazer por aqui?

Para muitos dos combatentes/trabalhadores peruibenses, a situação será trágica. Em Dunquerque, na frança de 1940, os soldados da força expedicionária britânica temiam acabar em campos de concentração alemães. Em Peruíbe o campo de concentração=desemprego crônico. Vai encarar isso ou participará da inevitável retirada de um grande grupo, que assim como você tentou aproveitar essa temporada para arrumar trabalho estável E QUE TAMBÉM NÃO CONSEGUIU?



Você e tantos outros tentaram. O fato é que o desemprego nesta cidade está tão elevado que neste ano veremos a um dos maiores movimentos migratórios de peruibenses da história. Não lamente se precisar partir, o que importa é que você está em condições de buscar oportunidades onde elas estão, e não está preso aqui por orgulho ou um frágil compromisso "municipalista" para "reerguer" esta cidade. 

E eu? Virei um subversivo entre a própria "resistência peruibense", pois se outros pregam uma esperança de melhora, eu nem isso. Defendo o pragmatismo.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

CARNAVAL E ESTUDOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS NÃO COMBINAM


O ano só começa depois do carnaval ... será?
Existe uma falácia reiteradamente proferida de que “o ano só começa depois do Carvanal”, mas se você se dispôs a enfrentar o desafio de estudar, seja para o que for, tal pensamento deve passar longe de sua mente alimentanda, não só no Carnaval, mas durante o ano todo.

Nunca fui fã de carnaval, então considero tal período como uma folga das atividades corriqueiras, de modo que o tempo livre serve para recarregar as baterias. Mas para os que gostam dos festejos ou para os que não querem se sentir fora da “turma” porque não foram passar o Carnaval na praia ou na balada é preciso pensar algumas alternativas para não sabotar seu plano de estudo.

Primeiro ponto é se conhecer, se você gosta das festividades que são parte da cultura brasileira e vai ficar em casa pensando em onde poderia estar é bem provável que a abstenção não será produtiva.

Assim, visualize seu plano de estudos inicial se você acha que dá para aproveitar o carnaval para estudar, use esse tempo; use o silêncio deixado pelos inúmeros seres de ressaca pela vizinhança, e se você acha que não, pense no seguinte:

- É realmente necessário festar de sexta à terça? Faça escolhas, saia os melhores dias. Definir seus objetivos a longo prazo significa que você terá sim que abdicar de determinadas coisas ou saber combiná-las com seu plano de estudo, economize energias;

- O dinheiro que você irá gastar se sair todos os dias, pode ser usado para adquirir bons materiais, então saia nos melhores dias, combine os melhores programas com os amigos;

- A energia que você vai dispender para em cinco dias de festas vai se refletir durante dias, e enquanto repõem as energias os estudos com certeza terão o ritmo diminuído;

Portanto, estudantes/concureiros pensem o quanto vale os planos traçados, qual seu perfil de concurseiro, considere se este tempo irá ou não interferir no plano de guerra.

Fechando a conversa, lembrei de quando prestava vestibular e era a única da turma a passar por aquilo naquele ano, um final de semana meus amigos saíram e passaram em casa para dar um “alô” e ao final da noite enquanto ainda eu estudava com um super lanche e histórias da balada que perdi, com isso meus estudos ficaram intactos e não me senti excluída da turma.

 

JULIANA KUBO

Fonte: BLOG DO CONCURSEIRO SOLITÁRIO


Comentário: vou ser bem franco. Concurseiro inteligente é aquele que sabe priorizar seus estudos do que uma bobagem chamada CARNAVAL. Olha, não estou nem aí se você gosta disso e se ofende por eu dizer isso. Se o caro internauta é um concurseiro, deve aprender que essa festividade é bem menos importante do que a sua desejada vitória, ou seja, sua classificação em um concurso público. E daí que a "turma" quer que você participe? 

Faça assim: deixa para ficar pulando DEPOIS QUE CONQUISTAR A AMBICIONADA VAGA. Estude, se prepare, e depois que conquistar o cargo, PULE O QUANTO QUIZER.  


PRIORIZE OS ESTUDOS


DEPOIS QUE CONQUISTAR A VAGA, PULE O QUANTO QUIZER, SE QUIZER

sábado, 18 de fevereiro de 2012

GRÉCIA: UM PAÍS IRRECUPERÁVEL HÁ 150 ANOS



Paralisada pelas dívidas, sobrevivendo apenas graças ao apoio das potências europeias, prejudicada por uma administração ineficaz: este diagnóstico cru do mal que aflige a Grécia foi feito pelo francês Edmond About... em 1858. Um texto que circula presentemente na Europa.


Edmond About


Grécia é o único exemplo conhecido de um país que vive em plena bancarrota desde o dia em que nasceu. Se a França ou a Inglaterra se encontrassem, um ano que fosse, nesta situação, assistiríamos a terríveis catástrofes. A Grécia viveu mais de vinte anos em paz, numa situação de bancarrota. Todos os orçamentos são, do primeiro ao último, deficitários.


Num país civilizado, quando o orçamento das receitas não chega para cobrir o orçamento das despesas, recorre-se a um empréstimo contraído a nível interno. Este é um meio a que o Governo grego nunca tentou recorrer e, se tivesse tentado, não teria sido bem sucedido. Foi preciso as potências protetoras da Grécia garantirem a sua solvabilidade para o país poder negociar um empréstimo no exterior. Os recursos fornecidos por esse empréstimo foram desperdiçados pelo Governo, sem quaisquer frutos para o país, e, depois de o dinheiro ter sido gasto, foram precisos os bons ofícios dos fiadores para cobrir os juros. A Grécia não tinha condições para os pagar.


Agora, renunciou à esperança de alguma vez honrar os seus créditos. Se as três potências protetoras continuarem indefinidamente a pagar por ela, a Grécia não ficará em muito melhor situação. As suas despesas continuarão a não ser cobertas pelos seus recursos.


Impostos gregos pagos em espécie


A Grécia é o único país civilizado onde os impostos são pagos em espécie. Nas zonas rurais, o dinheiro é tão pouco que foi preciso recorrer a esta forma de coleta. O Governo começou por tentar delegar o direito de cobrança de impostos nos proprietários das terras mas, depois de se terem comprometido temerariamente, estes faltavam aos seus compromissos e o Estado, que não tem força, não dispunha de qualquer meio para os forçar a cumprir. Depois de ter passado a ser o próprio Estado a cobrar os impostos, as despesas de cobrança passaram a ser mais consideráveis e as receitas quase não aumentaram.


Os contribuintes fazem aquilo que faziam os donos das terras: não pagam. Os proprietários ricos, que são simultaneamente personagens influentes, arranjam maneira de iludir o Estado, seja comprando, seja intimidando os funcionários. Os funcionários mal pagos, sem garantia de futuro, certos de que serão destituídos à primeira mudança de ministério, não tomam como seus os interesses do Estado, como acontece entre nós. Pensam apenas em arranjar amigos, em poupar-se a esforços e em ganhar dinheiro. Por seu turno, os pequenos proprietários, que têm de pagar pelos grandes, estão a salvo das confiscações, seja por terem um amigo poderoso, seja pela própria miséria.


Na Grécia, a lei nunca é a pessoa intransigente que nós conhecemos. Os funcionários escutam os contribuintes. As pessoas que se tratam por tu e dizem ser irmãos acabam sempre por arranjar maneira de se entenderem. Os gregos conhecem-se todos bem uns aos outros e gostam um pouco uns dos outros. Não conhecem nada acerca desse ser abstrato chamado Estado e não gostam nada dele. Em suma, o cobrador é prudente: sabe que não deve irritar ninguém, que tem de atravessar caminhos perigosos para voltar para casa e que os acidentes acontecem.


Não pagar impostos é quase ponto de honra


Os contribuintes nómadas (pastores, madeireiros, carvoeiros, pescadores) fazem gosto em não pagar impostos e não pagar é quase um ponto de honra. Pensam que, como no tempo dos turcos, o inimigo é quem detém o poder e que é direito de qualquer homem guardar o seu dinheiro. Era por isso que, até 1846, os ministros das Finanças faziam dois orçamentos de receitas. Um deles, o orçamento de exercício, indicava os montantes que o Governo deveria receber nesse ano, os direitos que lhe eram devidos; o outro, o orçamento de gestão, indicava aquilo que esperava receber.


E, como os ministros das Finanças estão sujeitos a enganar-se com vantagem para o Estado no cálculos dos recursos prováveis a serem realizados, teria sido necessário fazer um terceiro orçamento, indicando as somas que o Governo tinha a certeza de receber. Por exemplo em 1845, em relação às rendas dos olivais do domínio público, usualmente cobradas por particulares, o ministro inscreveu no orçamento de exercício a soma de 441 800 dracmas. Esperava (orçamento de gestão) que, dessa soma, o Estado tivesse a sorte de receber 61 500 dracmas.


Esperança presunçosa


Mas essa esperança era presunçosa, uma vez que, no ano anterior, o Estado não recebera a esse título nem 441 800 dracmas, nem 61 500 dracmas, mas apenas 4 457 dracmas e 31 cêntimos, ou seja, cerca de um por cento do que lhe era devido. Em 1846, o ministro das Finanças não redigiu um orçamento de gestão e o hábito perdeu-se.


As despesas da Grécia são assim compostas: dívida pública (dívida interna, dívida externa), lista civil, prestações às câmaras, serviço dos ministérios, despesas de cobrança e governança, despesas diversas.


Se eu conhecesse um Governo que duvidasse da sua força, do seu crédito, da dedicação dos seus partidários e da prosperidade do país, dir-lhe-ia: "Abram um empréstimo."


Só se empresta a governos que se julga estarem bem firmados. Só se empresta a governos considerados suficientemente honestos para cumprirem os seus compromissos. Só se empresta a governos que se tem interesse em manter. Em nenhum país do mundo, a oposição fez aumentar os fundos públicos. Em suma, só se empresta quando há motivos para emprestar.


Fonte:PRESSEUROP

 

PT, DILMA E CUBA


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

POSTAGEM DE UM PERUIBENSE QUE SIMPLESMENTE ODEIA CARNAVAL EM PERUÍBE / FEVEREIRO DE 2012


Odeio Carnaval (crônica)

Eu odeio carnaval. Há algo no ar quando é carnaval que me enjoa e enoja. Odeio o suor, odeio as multidões, odeio as batucadas, os abusados, odeio, odeio, odeio. Sou frígida? Sou fraca? Sou f...? Sou. Meu temperamento é forte, minha raiva é grande e sou teimosa ao cúmulo do infinito. Todo carnaval me chamam, todo carnaval repito: Odeio carnaval.


Por esses dias de festa, enquanto passeava pela rua, vi uma legião ensandecida de foliões alcoolizados. Pensei para mim mesma “Ó! Deus, tenha piedade na alma desses idiotas”. Eram quase quinze pessoas barulhentas correndo pelas ruas travestidas de loucuras. Todas repletas de alegria. Suadas! Casos perdidos de imprudência, de irresponsabilidade… Tão felizes! Tão sujas! Tão livres! Fiquei curiosa, bastante! Como era possível aquilo ser bom? Quando fico curiosa, não há carnaval que me segure. Fui atrás. Segui o grupo. Olhei, olhei, andei, andei. Aos poucos nos aproximamos do epicentro carnavalesco de uma praça. Eu, arrumada, perfumada, sóbria e confusa me vi misturada com aquela escória. O grupo de quinze agora era um grupo de mil. Que nojo, que raiva, que angústia! Como sairia dali? E o calor! Que calorão! Meu Deus! Eu suava! Minha maquiagem derretia, meu cabelo desfazia, minha roupa soltava… Quando pude perceber, já estava parecendo uma foliã. Estava misturada com aquela gente! Não entendia! Qual era a graça? Eu mal escutava meus pensamentos!


Mal escutando meus pensamentos, comecei a sentir a música, comecei a ver a diversão. O nojo continuou, mas a abstração aumentou. De repente quis beber algo quente, não entendia aquela sensação de euforia. Bebi e parei de tentar entender. Virei para o lado e pronto; Meu dia acabou: Era a Barbara! Estudei com ela na escola! Quanto tempo que não a via! Nós dançamos e pulamos e gritamos e sim, sim, sim, suamos… Suamos muito! Que saudades, sempre sentia dela! A noite foi varrida por tanto contentamento que eu mal pude me focar no que fazia ou não fazia ou não não fazia. Temo em dizer que fui anárquica. Passei da conta, cheguei em casa de tal forma que o porteiro pensou que eu era outra. Tive que mostrar a identidade para poder entrar. Dormi feito criança.


Acordei feito velha, com uma dor de cabeça descomunal eu me arrependia. Me arrependia de muita coisa que fiz e que não escrevo aqui por culpa e vergonha. Eu fedia não só ao meu suor já azedado, mas também ao de toda multidão que roçara em mim. Minha roupa, meu cabelo… Uma piada de mau gosto. Com que cara olharia o porteiro? Como sairia na rua? Que desgosto! Que raiva! Que ódio! Maldita euforia! Maldita Barbara! Foliã de m... . Maldita curiosidade. Ai, que sede! Que nojo, que raiva. Não voltarei jamais para aquela baderna! Odeio carnaval. Muito.

Joyce de Almeida Cunha


VIDEO RECOMENDADO PARA TODOS OS QUE ODEIAM O CARNAVAL EM PERUÍBE 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

GUSTAVO BARILE, JOVEM ATLETA DO STROGMAN DE PERUÍBE


Garoto de 16 anos faz estragos com pedras gigantes e vira projeto de mais forte do Brasil


Ter, 14 de Fevereiro de 2012 UOL




No mundo dos negócios, um administrador é precoce quando consegue fazer uma empresa prosperar logo de cara. Do universo da moda, geralmente são aquelas modelos com jeito de quem trocou cedo o ginásio pelas passarelas. Dentro do strongman, no entanto, um talento prematuro pode ser identificado através da imagem de alguém que ainda não alcançou a maioridade, mas que faz estragos consideráveis em provas envolvendo carros de 750 kg e bolas de concreto gigantes.


A breve definição acima encabeça o currículo esportivo de Gustavo Barile, que aos 16 anos desponta como principal esperança nacional da modalidade que expõe seus atletas a testes extremos de força, resistência e agilidade. O garoto da cidade de Peruíbe é tratado como uma espécie de projeto, liderado pelo tetracampeão brasileiro Marcos Mohai. A ideia é fazer do adolescente o melhor do país e um dos mais renomados do mundo.


Quem acompanhou o Campeonato Brasileiro de strongman, no fim de janeiro em Peruíbe, consegue compreender o entusiasmo do grupo em torno de Gustavo Barile. Em sua estreia em eventos do gênero, o garoto saiu com a segunda colocação da categoria até 100 kg, competindo entre os marmanjos. Em sua performance geral, executou provas que muitos de seus adversários não foram capazes de cumprir, como erguer bolas de cimento em série, virar um pneu gigante, arremessar tonéis de cerveja sobre uma trave de 5 metros e até arrastar uma carreta.


"Geralmente eu não tenho com quem competir nesta faixa etária. Acho que só eu mesmo faço esse esporte com 16 anos", afirma o atleta precoce, atualmente com 97 kg.


Gustavo Barile se interessou pelo esporte dos "mais fortes do mundo" aos 14 anos, depois de ver de perto o desempenho de Marcos Mohai em Peruíbe em um torneio. Logo no dia seguinte, o garoto estava de prontidão na academia onde o campeão treinava, com a ideia de virar seu aprendiz.


Hoje, ainda antes de completar 17 anos [faz aniversário em março], Gustavo é tratado como realidade. Passou por bateria de exames para atestar sua compatibilidade com o esporte e deve ter seu desenvolvimento corporal monitorado em breve por um grupo de estudos da USP.


"A genética dele favorece, tem muita força, membros curtos, é rápido. Tem uma resposta rápida, aprende logo. Tem um jeito meio calado, mas é muito observador", diz o 'guru' Mohai. "Ele desenvolveu muito rápido sua estrutura óssea. Tem estrutura de um cara de 20 anos já. Mas passou por exames para comprovar que pode treinar com este tipo de carga, que a atividade não é nociva para ele. Comprovou-se que não é uma sobrecarga perigosa", acrescenta o campeão da modalidade.


Apesar do interesse crescente, o strongman ainda engatinha como esporte no Brasil. Mesmo assim, Gustavo Barile projeta um futuro dentro desta modalidade, com a meta de representar o país no "The World’s Strongest Man" [O Homem Mais Forte do Mundo]. Para isso, no entanto, precisa diminuir a diferença de estatura entre seus atuais 1,75 m e a altura padrão dos gigantes competidores internacionais deste evento, aproveitando enquanto seu corpo ainda pode aumentar.


"Eu tenho 1,75 m. Sei que preciso crescer mais um pouco para competir, quero ganhar mais alguns centímetros. Quero chegar até 1,80 m, pelo menos", declara o precoce atleta, que dificilmente atingirá o patamar de 2 metros dos nomes mais famosos da modalidade.


A meta de Barile é competir na Europa, onde o strongman conta com um circuito de eventos profissional já estabelecido. Mohai diz que tem estudado a estratégia de enviar seu pupilo para fora do país, com o consentimento dos pais, em um momento adequado nos próximos anos.


ANTES DA ESTREIA: "EU NÃO CONSEGUI DORMIR"


Sem gritos e caretas de esforço, em pacote de exibição comum entre seus adversários, Gustavo Barile conseguiu se destacar em seu evento de estreia, no Campeonato Brasileiro de strongman em Peruíbe. Discreto, o jovem executou provas com precisão e saiu com o vice-campeonato da categoria até 100 kg.


Apesar da tranquilidade que seu semblante sugeria, Gustavo diz que levou à estreia uma carga especial de ansiedade. "Não consegui dormir, fiquei rolando na cama a noite inteira", relata o garoto.


Durante o evento, a atenção natural sobre sua precoce atuação é multiplicada pelo registro do locutor oficial, com observações pontuais no momento em que Gustavo se exibe, como "Olha o tamanho da criança" e "É a criança mais forte do Brasil".


Competindo em sua cidade, Gustavo Barile contou com fãs especiais logo nas primeiras fileiras. Eram os pais Cirene e Gino, que misturavam orgulho e aflição a cada vez que o filho único do casal era requisitado para fazer força diante de alguma tarefa da pesada.


PERFIL DE BOM MOÇO E PRIMEIRAS FÃS


Entre o público do Campeonato Brasileiro, os gritos de meninas da mesma faixa etária indicam que Gustavo Barile pode começar a fazer sucesso também como galã, se a modalidade que escolheu como vida de fato emplacar no país.


Fora do ambiente de competição, o garoto de 16 anos diz ter uma vida tranquila, distante da badalação da noite, que geralmente seduz os adolescentes da sua idade. "Não saio, não fumo, não bebo, não me drogo. Acredito na força mesmo, no foco, em uma vida regrada", afirma.


A esperança do strongman nacional diz também que atualmente não namora. No entanto, um amigo entrega que as meninas da academia onde o garoto treina em Peruíbe já têm o atleta como uma espécie de sensação local.


A linha comportada de vida se alastra também para a alimentação. Gustavo come bastante batata doce, peito de frango, clara de ovos e alimentos com soja. De vez em quando, se permite exagerar com massas e pizza. Neste departamento em particular, escala a mãe Cirene. "À noite não tem lanchinho, não. É comida. Vou para o fogão todo dia. Come muita carne, arroz", diz, em relato carregado de orgulho.