sexta-feira, 8 de julho de 2016

DENISE CAMPOS DE TOLEDO / VIRADA NO CICLO ECONÔMICO DEPENDE DE CONFIANÇA - JULHO DE 2016




A equipe econômica se esforçou pra apresentar números menos ruins, mas não tem jeito. O rombo pode ser até menor que se especulava, mas vai demorar muito para as contas voltarem a ter superávits. A deterioração foi pesada demais, com as despesas crescentes da Previdência, que tem muita irregularidade como vimos, gastança exagerada, queda forte de receita, por causa da recessão, que derrubou a geração de impostos. E ainda tem as bondades de agora. Michel Temer pegou muita coisa encaminhada e pra não encarar mais resistência foi cedendo. Apoiou o reajuste do funcionalismo, deu aumento para o Bolsa Família superior ao anunciado por Dilma, liberou dinheiro pra educação, renegociou as dívidas dos Estados. Situação, aliás, ainda em aberto. Até por um erro de estratégia, não conseguiu a aprovação de urgência da matéria na Câmara. Define agora a nova meta fiscal do próximo ano sem saber quanto a renegociação vai pesar. Agora, o fato é que mesmo propondo mudanças que determinem uma evolução melhor das contas a longo prazo, como a limitação do aumento das despesas com base na inflação passada e a reforma da previdência, o governo Temer vai ter de conviver com imensos déficits das contas, como o deste ano, de mais de 170 bilhões de reais e do ano que vem, que pode ficar nos 140 bilhões. O governo pode acelerar concessões, privatizar, ampliar o prazo da repatriação de recursos, rever programas sociais, gastos com benefícios, como o auxílio doença e invalidez, e até aumentar impostos, o que ainda não dá pra descartar, que as contas vão ficar no vermelho. O mais importante é que, além da aprovação das medidas e reformas de maior alcance, consiga convencer a sociedade, agentes econômicos, investidores, que está fazendo a coisa certa, que a situação vai melhorar, mesmo. Se passar confiança, o custo de rolagem da dívida e de captação de recursos cai, a inflação pode baixar mais fácil, dando espaço para o corte dos juros, a curva da dívida pública melhora, a economia reage mais, reforçando a geração de impostos, o que ajudaria no ajuste fiscal. Uma virada no atual ciclo da economia depende muito da confiança. Daí a preocupação com o anúncio da nova meta ou do novo rombo das contas pra 2017. Temer terá de trabalhar muito bem com essa situação que, em princípio, é bem negativa. Eu volto na segunda. Até lá.



MARCADORES: GOVERNO DO PRESIDENTE MICHEL TEMER, ECONOMIA, CICLO ECONÔMICO, RECESSÃO, GASTOS PÚBLICOS, PERUÍBE, PERUIBENSE, VALE DO RIBEIRA, VALERIBEIRENSE, ANA DIAS, ITARIRI, ITARIRIENSE, PEDRO DE TOLEDO, PEDRO-TOLEDENSE, MIRACATU, MIRACATUENSE, JUQUIÁ, JUQUIAENSE, REGISTRO, REGISTRENSE, IGUAPE, IGUAPENSE, ILHA COMPRIDA, ILHACOMPRIDENSE, SETE BARRAS, SETE-BARRENSE, PARIQUERA-AÇU, PARIQUERENSE, JACUPIRANGA, JACUPIRANGUENSE, CANANÉIA, CANANIENSE, BARRA DO TURVO, BARRA-TURVENSE, CAJATI, CAJATIENSE, IPORANGA, IPORANGUENSE, ELDORADO, ELDORAENSE, BARRA DO CHAPÉU, BARRENSE, SANTOS, BAIXADA SANTISTA, LITORAL PAULISTA, ESTADO DE SÃO PAULO, CURITIBA, PARANÁ, LITORAL PARANAENSE, BRASIL, BRASILEIROS

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