terça-feira, 17 de maio de 2016

DENISE CAMPOS DE TOLEDO / JÁ SE VÊ UMA PERSPECTIVA MELHOR PARA A ECONOMIA - MAIO DE 2016



Henrique Meirelles está sondando o terreno para saber exatamente com que situação terá de lidar e até onde pode ir com as medidas de correção. Já avisou que não quer anunciar medidas, e depois ter de voltar atrás. Mas ao anunciar determinadas diretrizes da política que pretende implementar já consegue sentir a reação que deve provocar, como nas discussões para a reforma da Previdência. A maior resistência vem das centrais sindicais e foi com elas que ele e o presidente Temer conversaram hoje. O Ministério, por mais que receba críticas, por incluir investigados, pessoas que foram até contra o impeachment, pode dar respaldo político pra medidas mais polêmicas. Entre elas não se descarta a volta da CPMF e o corte de despesas obrigatórias. Sem o Congresso nada avança. Mas tem que mostrar que está trabalhando, mesmo, para um gerenciamento mais eficiente das contas públicas, com ênfase na redução de gastos. O governo tem que fazer a parte dele, antes de cobrar mais da sociedade. Pra isso, quer saber, com mais exatidão, o tamanho do rombo. Que a situação é muito ruim, todos sabemos. O governo anterior já tinha avisado que teria um déficit das contas, este ano, da ordem de 97 bilhões de reais. Os primeiros indícios apontam para 120 até 200 bilhões. Apenas uma auditoria mais ampla nos bancos e empresas estatais, fundos e programas é que vai mostrar dados mais efetivos. E a equipe da Fazenda, que deve fazer isso, nem está formada. A divulgação da equipe foi adiada para amanhã. Mas não dá pra demorar muito não. Nesta semana, ainda, o Congresso tem de aprovar a revisão da meta fiscal, ampliando a previsão de déficit, pra que o governo não tenha de interromper a liberação até de verbas de custeio. Precisa ter aval pra cumprir os compromissos. Agora, por mais que melhore a contabilidade pública, não vai conseguir tirar as contas do vermelho, nem neste nem no próximo ano. O que pode é sinalizar, de forma consistente, que a situação vai melhorar a médio e longo prazo. É o que vai garantir maior confiança e apoio para as mudanças. O mesmo vale para o desempenho da economia, em geral. Por mais que se tente estimular a atividade, a recessão este ano ainda vai ser pesada, com mais desemprego e inflação elevada. Mas, se acertarem a mão, as coisas podem começar a melhorar no final do ano e, principalmente, em 2017. Pelo menos, agora, podemos falar em uma perspectiva melhor para a economia. Já é um avanço. Eu volto na quinta. Até lá.


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