sexta-feira, 4 de março de 2016

DENISE CAMPOS DE TOLEDO / ECONOMIA CAI 3,8%, O PIOR RESULTADO EM 25 ANOS - MARÇO DE 2016



Os dados do PIB não foram surpresa. Foram a confirmação da maior recessão dos últimos 25 anos, que já era esperada. E recessão que pode vir a ser a maior desde a depressão de 29, já que a expectativa é de que o tombo da economia este ano fique entre 3,5 e 4% este ano. Serão dois anos seguidos de uma recessão histórica. Não há a menor confiança na possibilidade de uma virada nessa situação no curto prazo. O governo tem mostrado total incapacidade de estabelecer uma linha de atuação que possa assegurar a retomada do crescimento. Aliás o governo é responsável por essa situação. Foi um erro atrás do outro desmantelando avanços importantes, levando a um retrocesso de décadas. O excesso de gastos que desequilibrou, totalmente, as finanças públicas. A leniência do Banco Central no controle da inflação, combinada com o artificialismo na contenção de preços administrados, que levou ao tarifaço e, depois, ao estouro do teto da meta inflacionária. Teve ainda o controle do câmbio que destruiu a competitividade da indústria brasileira. Paralelamente, a Lava Jato escancarou a estrutura de corrupção que tomou conta das relações entre o setor público e o privado, envolveu políticos, fragilizou o governo que, por inabilidade, produziu uma outra frente de crise política, tendo Eduardo Cunha como um dos protagonistas. E esse cenário todo levou a uma seríssima crise de confiança, que comprometeu ainda mais o desempenho da economia. As empresas não ampliam a produção, os consumidores não compram, decisões de investimento são adiadas. E o que o governo propõe é a volta da CPMF, a reforma da Previdência. A chance de a economia entrar nos eixos parece muito atrelada a um desfecho para a crise política. Foi justamente por isso que o mercado teve um movimento quase eufórico hoje, com avanço forte da bolsa, que subiu 5,41%, e dólar, em queda de 2,2%, cotado para venda a 3 reais e 80 centavos. As denúncias feitas por Delcídio do Amaral, no acordo de delação premiada, embora ele não confirme, levam as investigações mais perto da presidente Dilma, podendo viabilizar o processo de impeachment. Sem uma mudança no comando político, a economia pode continuar patinando até 2018, Eu volto na segunda. Até lá.


POSTAGEM RECOMENDADA: MANIFESTAÇÃO ANTI-DILMA EM PERUÍBE, 13 DE MARÇO DE 2016


MARCADORES: DENÚNCIAS DE DELCÍDIO DO AMARAL, AGRAVAMENTO DA RECESSÃO NO BRASIL, ECONOMIA EM RETRAÇÃO, GOVERNO DILMA / PT, PROTESTOS DO DIA 13 DE MARÇO, ESCÂNDALOS, CORRUPÇÃO, OPERAÇÃO LAVA JATO, PERUÍBE, PERUIBENSE, VALE DO RIBEIRA, VALERIBEIRENSE, ANA DIAS, ITARIRI, ITARIRIENSE, PEDRO DE TOLEDO, PEDROTOLEDENSE, MIRACATU, MIRACATUENSE, JUQUIÁ, JUQUIAENSE, REGISTRO, REGISTRENSE, IGUAPE, IGUAPENSE, ILHA COMPRIDA, ILHACOMPRIDENSE, SETE BARRAS, SETEBARRENSE, PARIQUERA-AÇU, PARIQUERENSE, JACUPIRANGA, JACUPIRANGUENSE, CANANÉIA, CANANIENSE, BARRA DO TURVO, BARRA-TURVENSE, CAJATI, CAJATIENSE, IPORANGA, IPORANGUENSE, ELDORADO, ELDORAENSE, BARRA DO CHAPÉU, BARRENSE, SANTOS, BAIXADA SANTISTA, LITORAL PAULISTA, ESTADO DE SÃO PAULO, CURITIBA, PARANÁ, LITORAL PARANAENSE, BRASIL, BRASILEIROS

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