segunda-feira, 18 de março de 2013

TALVEZ



Nesta postagem, quero aqui discutir uma simples questão moral. Vamos supor que você, habitual peruibense que visita este blog,um dia me conhecesse, e resolvesse me fazer a seguinte pergunta: "como munícipe e CONCURSEIRO, eu devo participar de ações políticas para que tenhamos uma Peruíbe melhor?"

 A minha resposta: "TALVEZ."

Sim, trata-se de uma questão moral, se você se considera um munícipe preocupado com a cidade, o tipo de pessoa "politizada", que possui uma "dimensão social" nas suas preocupações. Esforços nesse sentido o fariam ser um cidadão atuante e responsável, aquele tipo de cara merecedor de elogios e citações na mídia de Peruíbe. Mas ainda assim, mantenho a minha resposta.

Talvez. Talvez você deva.

Em postagens passadas, como a da micro-sociedade, eu disse não a isso. Sei que tem gente que considera as razões expostas no artigo como egoístas. "Onde já se viu, precisamos da Câmara municipal lotada naquela questão tão importante .... e você não vai? Como pode, sempre botando a sua vida pessoal na frente de tudo. Desse jeito, esta cidade jamais melhorará ... jovens como você nunca se importam."

A questão aqui não é sobre se importar com a necessidade de termos uma "cidade melhor". A questão é correr o risco de se desviar do foco, daquilo que você, como concurseiro, tanto busca: se tornar um servidor público, um concursado. A política municipal é um forte fator de distração, e você tem todo o direito de priorizar esse seu interesse individual.

Ah, mas temos esse fator moral, de que devemos ser munícipes peruibenses "certinhos", responsáveis e dispostos à luta .... luta? Eu disse isso?

Estamos no mundo real. Não sou o Jonathan Kent aconselhando seu jovem filho adotivo Clark Kent/Kal-El a esconder seus poderes da humanidade, mesmo que isso signifique sacrificar aos que precisam de ajuda. Claro, Jonathan não é obrigado a ser o "homem perfeito" (tem direito a se preocupar com o menino, com a sua segurança e com o segredo da sua origem alienígena) mas assim como ele, posso me recusar a dar uma de bom moço e no caso desta cidade incorporar uma mais do que necessária zona cinzenta. Se acha que tem o dever moral de participar de algum dos futuros confrontos que ainda ocorrerão em Peruíbe, "na luta por uma cidade melhor", só tenho a dizer que TALVEZ você deva fazer isso, e depois veja no que dá.

Infelizmente, só aprendemos certas coisas dando cabeçadas. Se tu és um daqueles que acha que eu odeio a cidade, por dizer que o melhor para ti é ficar longe dos conflitos (principalmente daqueles criados por agitadores), talvez deva escutar quem só falta dizer que "Por uma cidade melhor, os munícipes deveriam me obedecer". Existe gente bem radical neste lugarejo, que pensa assim. Deve se aproximar dessa gente? Talvez. O reacionário aqui prefere manter uma distância segura.







Postagem recomendada: O CONCURSEIRO DE AÇO

Tag: O homem de Aço 2013


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