Escrevo este texto na cidade de Peruíbe, município que divide com Iguape a maior “arca de Noé” do litoral paulista (Juréia), local de uma imensa biodiversidade, cujo potencial ecoturístico tem sido bem pouco explorado. Como começar a mudar isso, criando assim um futuro melhor para nossa cidade?
Tenho uma sugestão (pois é, eu tenho). Que tal um FERRY BOAT (balsa) ligando Peruíbe a Iguape? É muito simples, basta observarmos a imagem abaixo:
Nela podemos ver a reserva da Juréia, fotografada por satélite. No canto nordeste da foto se encontra Peruíbe. Já no canto sudeste está Iguape. Pois bem, ambas as cidades possuem esse imenso território verde, fazem divisa entre si, mas se encontram distantes, POIS NÃO EXISTE UMA LIGAÇÃO DIRETA ENTRE ELAS, justamente por causa da reserva ecológica. Não é como se ir daqui até Itanhaém. Existe esse impedimento, o que nos obriga a subir pela serra até a Régis, e dali descer por outra estrada para chegar a Iguape. Francamente, isso atrapalha o desenvolvimento de ambos os municípios, que tanto possuem em comum, seja em questões ecológicas, históricas e culturais.
Com uma balsa (tipo a da foto, para agradar aos turistas) seguindo pelo oceano, muda muita coisa. Qualquer turista que estivesse em qualquer das cidades poderia visitar a outra, com menos demora. Basta dizer que a distância em linha reta entre elas é de uns 72 KM. Já a distância por três estradas diferentes é de 117 KM, com possíveis congestionamentos e outros problemas conhecidos pelos motoristas, tornando a viagem ainda mais demorada.
Imaginem essas pessoas desfrutando a paisagem, seja ela o mar ou a costa, formada em grande parte pelas praias intocadas da reserva. Sim, seria um atrativo turístico a mais.
Isso sem falarmos do fim desse absurdo distanciamento entre ambas as cidades. O tempo estimado para de deslocar de uma para outra por terra é de mais ou menos umas duas horas. Se a viagem pelo mar for de cerca de uma hora, e o preço da passagem inferior ao de um ônibus (o qual percorre um percurso maior), pronto, iguapenses e peruibenses ficarão bem mais próximos, possibilitando uma integração que beneficiará a ambos os lados.
Ah, sim, também será menos difícil chegarmos até Ilha Comprida e Cananeia.
Postagem recomendada: CIDADE PRAIANA ESNOBADA
MARCADORES: PERUÍBE, PERUIBENSE, IGUAPE, IGUAPENSE, VALE DO RIBEIRA, VALERIBEIRENSE, BALSA, CATAMARÃ, RESERVA ECOLÓGICA JUREIA / ITATINS, USINA TERMELÉTRICA / TERMOELÉTRICA EM PERUÍBE 2017
2 comentários:
Tem um monte de gente que te chamaria de louco mas vc está coberto de razão, a falta de ligação entre Peruíbe e Iguape prejudica toda a região, em termos turísticos (inclusive internacionalmente), econômicos e até culturais.
Engana-se quem pensa se tratar de um problema regional, é uma questão nacional. A ligação - e por terra - é praticamente o único trecho não construído (embora projetado) da BR-101, que liga o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul.
Sugiro uma passada pelo artigo da Wikipedia sobre a via: http://pt.wikipedia.org/wiki/BR-101. Destaque: "Tem dois trechos não construídos entre os municípios paulistas de Peruíbe e Iguape, e entre Cananeia (São Paulo) e Garuva (Santa Catarina)."
Tinha grande curiosidade em saber o traçado deste trecho projetado há mais de 50 anos, porque seria pelo litoral como toda essa estrada, logo cortaria a Juréia o que nos tempos de hoje acho improvável... o que viabilizaria mais o ferry boat!
Mas como há uma extrema má vontade em relação a essa porção sul de SP, é mais uma das obras fundamentais que não sei se veremos tão cedo, mesmo caso da Parelheiros-Itanhaém, da Marina e da Passarela da Praia do Centro ao Costão.
É bem capaz de um gênio ligado a ECOVIA$ preferir fazer uma terceira faixa da Imigrante$ (como de vez em quando a gente ouve), ora isso só aumentaria o gargalo, todo mundo esteja ao norte ou ao sul tendo que passar pelo mesmo lugar, hoje já é um funil, imagina se fizerem essa loucura, a Padre Manoel da Nóbrega e a Cônego precisariam ter umas 5 faixas de cada lado!
O Brasil é vergonhoso em sua infraestrutura logística e ahh, isso já me faz lembrar o Porto Brasil, mas deixa pra lá, acabou o almoço e tenho que voltar ao batente, senão éramos capazes de discutir por horas esse pedaço de chão...
E não era os políticos dessa terra que deveriam fazer isso? E nem são capazes de debater ideias decentemente por 5 min numa Câmara Municipal.
Sem mais!
Crescimento a vista...desenvolvimento e progresso? Povo seus vereadores estão aí para aprovarem idéias que tragam desenvolvimento já que além do poder público é o turismo que sustenta o municipio.
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