quinta-feira, 4 de agosto de 2011

VALE DO RIBEIRA NA ENCRUZILHADA DA HISTÓRIA / AGOSTO DE 2011


Secretária de Agricultura fará visita ao Vale do Ribeira para avaliar estragos

De A Tribuna On-line

* Com informações de Suzana Fonseca

A secretária de Agricultura do Estado, Mônika Bergamaschi, fará uma visita ao Vale do Ribeira para conversar com os produtores da região.


A promessa foi feita no final da tarde desta quinta-feira pelo governador em exercício, Guilherme Afif Domingos, que visitou as cidades atingidas pelas fortes chuvas e cheia do rio que deixaram cerca de 10 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas.


Os principais estragos foram sentidos nos municípios de Ribeira, Iporanga, Eldorado e Sete Barras.


O vice-governador, que representou Geraldo Alckmin na visita a Eldorado, havia se reunido com os prefeitos das cidades atingidas pelas enchentes causadas pelo Rio Ribeira de Iguape esta semana.


“Teve um impacto grande na bananicultura”, lamentou Domingos. “Eu já determinei que a nossa secretária da Agricultura viesse para cá imediatamente. Ela deverá estar aqui segunda ou terça-feira, até para dar tempo deles fazerem o levantamento, para cuidar especificamente dos agricultores”.


A ajuda do Governo do Estado aos agricultores, conforme o governador em exercício, dependerá desse levantamento. E deverá chegar em forma de financiamentos ou linhas de financiamentos de bancos públicos oficiais.


“Para poder dar o tempo da recuperação (dos agricultores). Eles me estimaram em um ano, um ano e meio, para poder se recuperar e voltar à normalidade da produção”, explicou Afif.


“Os problemas das prefeituras são manutenção de estradas e recuperação de pontes”, ressaltou o governador em exercício. Por enquanto, não existe uma estimativa de quanto será destinado para os municípios, através das prefeituras.


“Eu pedi que fizessem em conjunto (um levantamento), para termos uma ideia de quanto o Governo do Estado deverá liberar para esse mutirão de recuperação”, contou Afif. “Mas a liberação de recursos depende de um procedimento legal e que nós não podemos atropelar sob pena de improbidade administrativa”.


Calamidade pública


Nesta quinta-feira, a região conta com quatro municípios em calamidade pública após as fortes chuvas. O alto nível do Rio Ribeira de Iguape afetou principalmente os municípios de Ribeira, Iporanga, Eldorado e Sete Barras. Mais de 10 mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas na região.


Apesar da previsão do tempo não indicar chuva para os próximos dias, na sexta-feira, a cidade de Iguape deverá ser atingida. Isso ocorre porque a água está baixando nas cidades próximas ao Paraná, mas subindo nos municípios mais próximos do mar, em função do aumento da vazão.


Segundo a Defesa Civil Regional, esta é a segunda pior enchente registrada na região - a maior foi em 1997. Na maior parte das 23 cidades do Vale do Ribeira, os serviços básicos - água, energia elétrica e telefones - ficaram interrompidos em algum momento. Ao passo que a situação caminha para a normalidade, o problema maior ficam com as zonas rurais e as comunidades isoladas.


A Defesa Civil trabalha para chegar até esses locais com barcos. Bairros onde o abastecimento de água se dá por meio de poços artesianos trazem preocupação dobrada, pois a água se torna completamente inviável de ser utilizada.


Solidariedade


Pontos de coleta nas cidades de Santos e Registro já estão recebendo donativos para as vítimas da enchente no Vale do Ribeira. Confira o endereço dos postos de coleta:


Em Santos:


Posto de arrecadação 1:
Avenida Bernardino de Campos, nº 22 - Vila Belmiro


Posto de arrecadação 2:
Avenida Álvaro Guimarães, nº 396 - Jardim Rádio Clube


Em Registro:


14° Batalhão da PM:
Avenida Pres Castelo Branco, 2.179 - Vila Ponce - Fone: (13) 3821-6488


Art Sound:
Rua Gersoni Napoli, 33, Centro - Fone: (13) 3821-4547


Defesa Civil de Registro: Fone: 199


Fundo Social de Solidariedade de Registro
Avenida H. Matsusawa, nº 78 - Fone (13) 38217889


Batalhão da Policia Militar
As doações podem ser feitas em qualquer companhia do 29° batalhão, que abrange as cidades de Mongaguá, Peruíbe, Itariri e Pedro de Toledo.


Em Itanhaém, o batalhão está localizado à Avenida Gentil Peres, 260, no Trevo da Cesp, no Jardim Umuarama.


Mais informações podem se obtidas pelo telefone 3427-1414, ramal 203.


Confira o endereço das demais companhias
Mongaguá: Rua Antônio Martins Araújo, 180, Centro.


Peruíbe: Avenida Rio de Janeiro, 330, Stella Maris.


Itariri: Rua Engenheiro José Clarete Toledo Goulart, 90, Centro.


Pedro de Toledo: Rua Chozen Myiashiro, s/n°, Centro. 

Fonte: http://www.atribuna.com.br/


Comentário: essa enchente ja é avaliada como a segunda maior da história do Vale do Ribeira. Historicamente, as enchentes têm contribuído e muito para a pobreza regional, afetando seriamente a agricultura e afastando investimentos.


Como Registro conseguirá atrair mais fábricas, se investidores se sentirem inseguros, com a possibilidade de novas enchentes como essa? Isso não ajuda no desenvolvimento de parques industriais na região e um novo ciclo recessivo terá início, com moradores que se sentirão muito motivados em migrar. Já vi muito disso aqui em Peruíbe: depois que as águas baixam e o coitado vê a própria casa enlameada, a crença de que pode prosseguir em sua busca por melhores condições de vida na mesma cidade fica seriamente abalada, o que pode levá-lo a alimentar o inevitável surto migratório. Basta uma nova enchente como a de 1979, para que de Peruíbe ocorra o êxodo de milhares.


No caso do Vale do Ribeira ( e de Peruíbe também ), é preciso se falar em OBRAS ANTI-ENCHENTE, para pelo menos minimizar os efeitos das outras que virão. Sem isso, não dá para planejar o desenvolvimento da região.



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