terça-feira, 14 de junho de 2011

ESTRADA ARMANDO CUNHA VOLTA A SER DISCUTIDA





Prefeitos da região voltam a cobrar construção de Parelheiros-Itanhaém
Suzana Fonseca

O anúncio da construção de dois viadutos na entrada de Praia Grande trouxe à tona uma discussão que volta e meia ganha força na região: como acabar com os congestionamentos causados pelo excesso de veículos, tanto daqueles que querem sair da Cidade quanto dos que vêm do Litoral Sul com destino ao Planalto, nos finais de semana de sol e no verão.

Para os prefeitos de Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe, que também sofrem as consequências desses gargalos viários, é necessária alternativa para chegar a São Paulo. Uma opção é a eterna promessa da construção da Rodovia Parelheiros-Itanhaém.

O assunto será tratado nesta terça-feira, durante a reunião que os prefeitos do litoral terão com o secretário de Estado de Desenvolvimento e Gestão Metropolitana, Edson Aparecido, revela o prefeito de Itanhaém, João Carlos Forssell. "Os prefeitos da Baixada vão estar juntos e uma das nossas reivindicações é exatamente essa".

Razões

Além do fim do congestionamento, outra justificativa para se abrira nova estrada tem caráter econômico. A exploração do pré-sal na região, é uma forte justificativa para que o Governo do Estado passe a considerar com mais cuidado essa reivindicação.



Reunião

O prefeito de Itanhaém, João Carlos Forssell, defende a criação da Rodovia Parelheiros-Itanhaém como a melhor solução. E explica os motivos: "Esse problema da estrada já é crônico. O pessoal sai daqui e para em Praia Grande e São Vicente. Então, não adianta o Governo do Estado pensar em fazer mais uma via da Imigrantes, porque vai jogar as pessoas nos mesmo slugares".

Segundo Forssell, o governador Geraldo Alckmin e o secretário de Estado de Desenvolvimento e Gestão Metropolitana, Edson Aparecido, já têm conhecimento das reivindicações para execução da estrada.

"Primeiro, ela alivia tremendamente o trânsito todo, de Praia Grande par acá.Isso facilitaria a vida de Santos, Guarujá e de São Vicente, na medida em que teríamos uma alternativa (mais ao Sul)", explica o prefeito. "Segundo, estaríamos a 30 minutos de São Paulo. São 12quilômetros de serra e praticamente já se está dentro da Capital, em Santo Amaro".

Outro motivo a ser considerado é de interesse que extrapola os limites da Baixada Santista. "Com o advento da Petrobras, percebemos que é uma estrada absolutamente necessária", ressalta o prefeito. "Tive uma reunião com a Petrobras na semana passada e o Marcusso (José Luiz, gerente geral da Unidade de Negócios de Exploração e Produção da Bacia de Santos) estava me dizendo da necessidade de se fazer essa estrada para facilitar o transporte de produtos que as plataformas irão precisar", comenta Forssell.

"Não só aqueles que vão via Aeroporto de Itanhaém mas também via offshore, operações do Porto de Santos. Não dá mais para esperar".

Intervenção na Imigrantes é avaliada

Conforme o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), a curto prazo, os congestionamentos deverão ser enfrentados com intervenções que "estão sendo estudadas" pela concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), a Ecovias.

Ao mesmo tempo, o órgão afirma que estão sendo avaliadas alternativas, que poderão ser implantadas a longo prazo. Em nota, o DER informa que são feitas regularmente análises visando identificar o desempenho do SAI em termos da relação volume/ capacidade.

"Os estudos mais recentes indicam que existe ainda um importante componente de demanda de tráfego de natureza sazonal, motivada pelo que ocorre especialmente no verão ou feriados prolongados".

Os mesmo estudos indicam que "em função de um conjunto de fatores", os congestionamentos se tornaram frequentes "em pontos específicos do sistema". Para resolver esses problemas no curto prazo, segue a nota, estão sendo estudadas intervenções junto a Ecovias, de forma a diminuir os impactos causados pelo alto fluxo de veículos.

Paralelamente, conforme o DER, estão sendo avaliadas alternativas de intervenções definitivas e de longo prazo, como a implantação de uma nova via de ligação entre o planalto e o litoral. A Rodovia Parelheiros-Itanhaém seria pela estrada de acesso à fazenda Araraú, que leva ao trevo do Gaivota, passando pelo chamado Vale do Rio Preto.

Mongaguá e Peruíbe cobram a obra

O prefeito de Mongaguá, Paulo Wiazowski Filho, o Paulinho, relata que"com a paralisação do trânsito na rodovia (Padre Manoel da Nóbrega), as nossas avenidas se tornam válvulas de escape. Congestiona toda a Cidade. Mongaguá trava, pega todo o fluxo que vem de Peruíbe e Itanhaém".

Os veículos, segundo Paulinho,entram na cidade utilizando a Avenida São Paulo ou a Avenida Mário Covas. "Essa obra de Praia Grande (redução de cinco semáforos na entrada do Município) vai minimizar um pouco esse impacto. A maior obra seria a eliminação de todos os semáforos para chegar à Imigrantes. Mas vai chegar um momento também em que a Imigrantes vai estar saturada", pondera o prefeito de Mongaguá.

Turista


A prefeita de Peruíbe, Milena Bargieri, diz que todas as alternativas são bem-vindas. No seu entender, o Município tem um turismo diferenciado. "Tem muita gente que acaba deixando de vir, porque Peruíbe é a última cidade do litoral ­ e Itanhaém também passa por isso ­ por conta dos congestionamentos. Às vezes, a pessoa passa oito horas dentro do carro para conseguir chegar aqui, porque não tem alternativa, a não ser a BR (116), que oferece tantos riscos e as pessoas têm medo de vir por ela".

Assim como o prefeito de Itanhaém, Milena destaca a presença da Petrobras na região e as demandas que surgirão. "A grande preocupação de todos nós é quanto essa população vai crescer e como vai ser o escoamento da produção".

Por conta disso, a prefeita também defende a criação da Parelheiros-Itanhaém. "Evitaria uma parte do congestionamento. E também contribuiria para o desenvolvimento da Baixada Santista, do Litoral Sul, e pode representar uma facilidade para chegar a São Paulo. Acredito que é uma alternativa muito interessante".

Comentário: essa notícia é uma colaboração do internauta GPORTUGA. Segue o comentário dele:

Fonte: http://www.atribuna.com.br/

"Saiu em A Tribuna uma notícia interessante, como você sabe sempre defendi a construção da Rodovia Parelheiros-Itanhaém e a discussão voltou a tona.

Resta saber se a elite portuária santista vai ser contra, já que defendem afunilar ainda mais o gargalo com uma famigerada 3ª pista da Imigrantes. Seria vital para o desenvolvimento do Litoral Sul e Vale do Ribeira; importante migalha que podemos receber do desenvolvimento, dos planos e da atuação da vizinha Itanhaém."

Esclareço que a desejada Rodovia Parelheiros/Itanhaém, se for mesmo construída, ocupará a maior parte do trajeto da estrada ARMANDO CUNHA, que ligaria Peruíbe a São Paulo. Iniciada durante o governo do Paulo Maluf em SP, suas obras formam encerradas depois que o PMDB venceu as eleições de 1982. Na prática, parte dela virou uma avenida peruibense ( foto da postagem). Pena que um projeto de lei de 1997, sobre a construção dessa Rodovia, não inclua Peruíbe no projeto. Paciência, ela terminará no bairro itanhaense do Gaivota, o que já nos beneficiará muito.... se esse projeto for de fato para frente.

Como no caso do Porto Brasil, sempre existe um interesse externo contrário, e eu não estou falando do Ibama ou da Funai. Quem mais se incomodará se encontra AO NORTE do litoral paulista. Caramba, se alguém em Santos se incomodar, isso apenas demonstrará - mais uma vez - a relação colonialista que aquela metrópole tem conosco.

Estava esquecendo. Como o GPORTUGA observou em um comentário, a nossa prefeita disse que Peruíbe é a "última cidade do litoral". Que eu saiba, a nossa vizinha Iguape ainda é uma cidade PAULISTA, e não PARANAENSE. E ainda existem Ilha Comprida e Cananéia, antes de se chegar ao litoral do Paraná.


2 comentários:

Leoni disse...

Dentre as obras do PAC, uma que deveria estar incluída, é uma ligação rodo ferroviária Parelheiros–Itanhaém , uma vez que o porto de Santos ultrapassou seu limite de saturação com filas de navios em de mais de 60 unidades, das quais podem ser avistados da Vila Caiçara em Praia Grande, além de que a Via Anchieta por ser a única via de descida permitida para ônibus e caminhões tem registrados congestionamentos e acidentes graves semanalmente, como este de 15/10/2012 em que um caminhão de açúcar se descontrolou na madrugada e o transito só foi restabelecido na madrugada do dia seguinte, e em épocas de escoamento de safra também a D. Domenico Rangoni (Piaçaguera–Guarujá) se torna constantemente congestionada, ao contrário da Manoel da Nóbrega, onde somente se fica com problemas em épocas pontuais na passagem de ano, e os futuros portos de Itanhaém / Peruíbe.
Enquanto não se completa o rodo e o ferroanel em São Paulo, esta ligação deve ser permitida com a utilização do sistema misto (carga e passageiros), não se modificando a largura das plataformas, que já estavam de acordo com o gabarito, que é de 3,15m, e devem ser mantidas.
E o vão se tornou evidente na CPTM, após o recebimento em doação dos trens espanhóis usados, que são mais estreitos e tem que trafegar com uma adaptada plataforma lateral de aprox. 9 cm em cada uma das portas, exatamente ao contrário do que acontece na Supervia-RJ, em que os novos trens chineses para trafegar tem que se cortar as plataformas, algo que se trafegassem em São Paulo estariam trafegando sem necessidade de intervenção nas plataformas, pois estão dimensionadas para esta medida padrão.
Atualmente na China trens de passageiros convencionais trafegam a velocidade de ~150km/h na mesma via dos trens de carga (Evidentemente o trem de carga não tem a necessidade de se trafegar a esta velocidade) e se tem toda uma logística embarcada por conta disto.
Novamente se volta a propor a utilização de trens de passageiros convencionais regionais entre muitas cidades brasileiras, e com a expansão gradativa pela Valec, do norte para o sul de linhas em 1,6m, e ser esta a das principais capitais de SP, RJ, MG, RS, PE e Brasília, entendo ser esta, uma alternativa de implantação extremamente mais viável tanto econômica, como na rapidez de execução com relação ao TAV.

Leoni disse...

Desenvolvimento com políticas ambientais sustentáveis, não são coisas antagônicas. Qualquer pessoa com um mínimo de noções culturais sabe que investimentos em transporte, saneamento básico, urbanismo e infra-estrutura só trazem o progresso por onde passam. Os fatos refletem isto, o atual rodoanel sul não permite ligações periféricas secundária em seu contorno, e que atravessa inúmeros mananciais, e o futuro norte estão levando em conta estas importantíssimas questões. Com todo respeito, acreditar que o único caminho viável é deixarmos do jeito que está, é no mínimo falta de informação.
Dentre as obras do PAC-2, uma que deveria estar incluída e ser priorizada é ligação rodo ferroviária Parelheiros–Itanhaém/Peruibe, uma vez que o porto de Santos ultrapassou seu limite de saturação com filas de navios em de mais de 60 unidades, das quais podem ser avistados da Vila Caiçara em Praia Grande, além de que a Via Anchieta por ser a única via de descida permitida para ônibus e caminhões tem registrados congestionamentos e acidentes graves semanalmente, como este de hoje 22/02/2013 em que uma trompa d’agua na baixada paulista deixou o sistema Anchieta / Imigrantes em colapso, e o transito só foi restabelecido na madrugada do dia 24 seguinte, e em épocas de escoamento de safras também a Dom Domenico Rangoni (Piaçaguera–Guarujá) se torna congestionada diariamente, ao contrário da Manoel da Nóbrega, onde somente se fica com problemas em épocas pontuais na passagem de ano, ao porto de Santos, e os futuros portos de Itanhaém / Peruíbe.
Acredito também, como munícipe, que a estrada mitigaria as condições de abandono que a cidade vive, com ruas sem pavimentação, buracos e mato para todo o lado. Uma ligação da cidade com a região sul da capital traria muitos benefícios, fornecendo mais opções, melhorar a qualidade de vida dos moradores da capital e baixada. Muitas pessoas voltariam a fixar na cidade, inclusive eu. A cidade poderia nos dar mais retorno frente aos impostos que pagamos. Investimentos em Parques Temáticos, Porto, Aeroporto, Ferrovia ligando com a existente, enfim muitos projetos que alavancariam a região como um todo, bem como o desenvolvimento global de toda a região.
Enquanto outras cidades turísticas litorâneas avançam principalmente no norte fluminense, Itanhaem, Mongaguá e Peruíbe se voltam ás primitivas cidades sazonais caiçaras sem interesse em desenvolvimento e com metas e avanços financeiros presentes apenas nas mãos de alguns.
Já passou á hora de ver nossa geração e de nossos filhos se enraizarem na região com bons empregos e educação ao invés de tentar uma melhor condição social em São Paulo, pois Santos também está saturada.

Com relação Parelheiros, esta região rural situada ao sul do município de São Paulo, a região que possui uma carência de saneamento básico, ajudaria enormemente uma fiscalização e urbanização e preservação dos seus mananciais.

Sinto que o potencial destas cidades não são aproveitados, com foco noutros que beneficiam uma minoria. Não vejo senão, o apoio irresponsável e egoísta aos interesses escusos.