domingo, 11 de julho de 2010

Pernambuco e Alagoas se unem para pedir recursos para reconstrução pós-enchentes



Os governadores de Alagoas, Teotonio Vilela Filho, e de Pernambuco, Eduardo Campos, se reuniram nesta quinta-feira, em Recife, e definiram que vão se unir para cobrar recursos federais para a reconstrução do que foi destruído pelas enchentes nos dois Estados. Cinco secretários de Alagoas e o procurador-geral do Estado participaram do encontro, que resultou em uma "carta de Alagoas e Pernambuco", que será entregue à ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra.

"A carta apresenta propostas para reconstrução dos municípios. Tratamos de licenciamento, eletricidade, abastecimento e saneamento. Vamos somar esforços para superar a burocracia e dar crédito especial. Quem perdeu tudo, não pode ficar esperando para começar a vida", disse Vilela, logo após a reunião, por meio do microblog Twitter.

Ficou acertado na reunião que uma ação conjunta será feita restringir a burocracia e garantam celeridade nos investimentos para reconstrução das casas destruídas (através do programa Minha Casa, Minha Vida), liberação de crédito para o restabelecimento das economias locais, reconstrução da infra-estrutura pública entre prédios, pontes, estradas, escolas etc.,além de um mapeamento estratégico para os limites de construção em áreas ribeirinhas.

Segundo o governador Eduardo Campos, as atividades foram divididas em quatro grupos de trabalho. “A primeira coisa é agilizarmos as casas. O segundo ponto é como agilizar o crédito, já que é preciso fazer com que ele chegue à mão dos comerciantes, para que voltem a funcionar. A terceira é a questão da reconstrução de estradas, pontes, escolas e estamos fazendo uma proposta clara para desburocratização dos recursos. E a quarta é uma visão comum entre as duas equipes de um serviço para diagnóstico dos limites para a construção de casas em área ribeirinhas por meio de satélites. Com isso, esperamos que nos diga qual são as áreas que podem receber novas construções”, explicou.

A reunião definiu que será montado um escritório em conjunto entre os governos de Alagoas e Pernambuco e da Caixa Econômica Federal, com a presença dos órgãos de licenciamento e dos serviços públicos de eletricidade, abastecimento de água e esgotamento sanitário.

Casas serão prioridade
A prioridade da parceria seria a reconstrução das casas. Segundo a proposta, elas seriam feitas entre seis e oito meses. Os governos se comprometeram a assumir as parcelas de financiamento que seriam pagas pela população que teve as casas completamente destruídas. Alagoas estima a reconstrução de 19 mil residências, enquanto Pernambuco diz que a destruição foi de 14 mil.

A colaboração ainda pretende criar ferramentas de prevenção para que o projeto não se resuma apenas a combater os estragos. "É importante pensar o futuro, onde não poderá ser construídas casas, quais são os projetos de engenharia para a contenção de barragens, entre outros aspectos", explicou Eduardo Campos.


Fonte: Prefeitura de Branquinha

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