quarta-feira, 10 de março de 2010

ALL , LLX e Peruíbe....veremos o que 2010 nos reserva


ALL aposta em recuperação e investirá R700 mi em 2010


Publicado: quarta-feira, 10 de março de 2010


Na Argentina, a ALL espera que a safra agrícola cresça mais de 40 por cento em 2010.

Por Carolina Marcondes

As chuvas que prejudicaram as operações da ALL no quarto trimestre do ano passado incentivarão uma forte safra de soja no Brasil, o que elevará o volume transportado pela companhia em 2010.

A manutenção da malha ferroviária, a compra de vagões e locomotivas e o capital destinado a terminais farão com que a companhia de logística invista 700 milhões de reais em 2010, próximo do valor do ano passado, segundo o diretor superintendente da companhia, Paulo Basílio.

"Estamos confiantes de que 2010 será um ano positivo e continuaremos no desenho de prever crescimento de 10 a 12 por cento no volume por ano no médio prazo", disse ele à Reuters.

O volume transportado pela empresa cresceu apenas 5,8 por cento em 2009.

De acordo com Basílio, no quarto trimestre a ALL sofreu com as fortes chuvas -que paralisaram por 10 dias o tráfego em um trecho no principal corredor da empresa no interior paulista e influenciou a redução do volume transportado- e com tarifa média (yield) fraca.

"Entretanto, a mesma chuva nos trará benefícios em 2010, porque a previsão é de uma das maiores safras de soja da história. No ano passado, foram 56 milhões de toneladas e o número pode chegar a 66 milhões este ano", disse Basílio, acrescentando que "previsões mais otimistas" dão conta de uma safra de até 70 milhões de toneladas.

A soja é a principal commodity agrícola transportada pela ALL. No ano passado, o volume do produto transportado pela ALL foi 16,8 por cento superior a 2008, chegando a quase 10 milhões de toneladas. No quarto trimestre, entretanto, as chuvas reduziram o transporte do grão em 54,7 por cento.

Na Argentina, a ALL espera que a safra agrícola cresça mais de 40 por cento em 2010. No quarto trimestre, o volume transportado no país vizinho caiu 50,2 por cento. No ano, a redução do volume ficou em 27 por cento contra 2008.

ALL AGUARDA LLX

A eventual retomada do projeto de construção do Porto Brasil, em Peruíbe (SP) pela LLX Logística fará com que a ALL retome o projeto de construir um ramal ferroviário para atender a região.

"Se o projeto for retomado, iremos atendê-lo", afirmou Basílio.

O projeto do porto foi suspenso pela LLX em 2008, e a empresa do grupo EBX optou por investir nos portos do Açu e Sudeste, ambos no Estado do Rio de Janeiro.

O ramal teria início pouco antes do Porto de Santos (SP), passaria por Peruíbe cortando a região do porto da LLX e chegaria até o Paraná.

No quarto trimestre de 2009, a ALL teve prejuízo líquido de 63,7 milhões de reais no quarto trimestre, contra perda de 32 milhões de reais um ano antes. Em 2009, a companhia lucrou 31,7 milhões, queda de 82 por cento ante o exercício anterior.

A receita líquida consolidada, por sua vez, foi de 471,9 milhões de reais no quarto trimestre e de 2,4 bilhões de reais no ano, quedas de 22,3 por cento ante o mesmo período de 2008 e de 2,4 por cento em comparação aos 12 meses anteriores.

No quarto trimestre, o yield médio caiu 11,7 por cento no Brasil. No ano, a tarifa também no Brasil cedeu 4,3 por cento, de 74,7 reais por mil TKU (toneladas por quilômetros úteis) para 71,2 reais por mil TKU.

A geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) foi de 121,8 milhões de reais de outubro a dezembro, queda de 53,7 por cento em relação a igual intervalo de 2008.

Em todo o ano de 2009, o Ebitda recuou 10,9 por cento, para 1,1 bilhão de reais.


FONTE: Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana


Agradeço ao Marcelo pela informação, mas o site da GLOBO é chato para cópia, o site acima é mais acessível.

3 comentários:

Marcelo disse...

De novo no O Globo, agora sobre a LLX:

"A LLX informa que R$ 189,1 milhões já foram investidos no Porto Sudeste desde o início de seu desenvolvimento, em janeiro de 2007. Já no porto do Açu, já foram desembolsados R$ 1,13 bilhão.

A companhia diz que ainda avalia a retomada do projeto de instalação de um porto em PERUÍBE, litoral paulista, suspenso em outubro de 2008, por conta da deterioração das condições de financiamento após a crise financeira."


http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/03/10/llx-reduz-prejuizo-em-2009-para-48-7-milhoes-916027838.asp

PERUIBENSE LIVRE disse...

Vou recorrer ao Joelmir Beting, para explicar o que eu acho. Ele disse isso em agosto de 2009:

"A partir do ano que vem a prosperidade economica vai descer a serra do mar em forma de bola de neve, ou melhor, bola de sal, de oleo e de gás. O pré-sal da Bacia de Santos, que ensaia multiplicar por quatro ou por cinco as reservas do Brasil em petróleo e gás, vai desencadear uma avalanche de investimentos estatais e privados em quase todos os municipios da Baixada Santista. As prefeituras não vão ganhar royalties, banidos dos campos ainda não licitados como manda o marco regulatório do pré-sal e que em agosto deverá ser remetido ao congresso. Mas os municipios ganharão portos, terminais, aeroportos. oleodutos, gasodutos, estaleiros, rodovias, ferrovias, condominios corporativos, condominios residenciaís, complexos hoteleiros, vasta rede de serviços que gravitam ao redor da moderna industria petrolífera. Cubatão, por exemplo, que hospeda o aço da antiga Cosipa, hoje Usiminas, vai receber um grande estaleiro, tanto para as embarcações do pré-sal, quanto também para as plataformas do pré_sal. TAMBÉM ESTÃO ESPERANDO POR ESTALEIROS, BERTIOGA E PERUIBE."

PERUIBENSE LIVRE disse...

A PETROBRAS, aquela mesma que apoia ongueiro salvacionista, e que NUNCA É CRITICADA POR ELE, terá um grande peso na questão.
É o petróleo que definirá o futuro de TANINGUÁ, a nossa ÚLTIMA FRONTEIRA, O NOSSO "OESTE SELVAGEM". Tudo depende da PETROBRAS, aquela empresa que dá até dinheiro para quilombola no VALE DO RIBEIRA, sabe-se lá com quais intenções.
O erro do Eike batista foi o de não dar um "troco" para ONG, para tocarem viola, e o deixarem sossegado.